opinião
Manifesto comunista: manifesto contra a família
Segundo o Manifesto, qual o fundamento da família? O capital. Como acabar com ela? Acabando com o capitalismo e a propriedade privada.
Sim! Também a instituição familiar foi vitima do famigerado Manifesto Comunista. Nem ela escapou! Basta ler. Como sempre, seu conteúdo sintético condensa a visão revolucionária contra a realidade e a tradição. O ódio à instituição familiar se justifica pelos mesmos falsos argumentos de sempre.
“Abolição da família! Até os mais radicais ficam indignados diante desse desígnio infame dos comunistas. Sobre que fundamento repousa a família atual, a família burguesa? No capital, no ganho individual.
A família, na sua plenitude, só existe para a burguesia, mas encontra seu complemento na supressão forçada da família para o proletário e na prostituição pública.
A família burguesa desvanece-se naturalmente com o desvanecer de seu complemento. E uma e outra desaparecerão com o desaparecimento do capital.” [1]
Segundo o Manifesto, qual o fundamento da família? O capital. Como acabar com ela? Acabando com o capitalismo e a propriedade privada. Enquanto a moral judaico-cristã compreende a importância da família e luta para que ela se mantenha coesa, o comunismo a despreza, a desvaloriza e lança contra ela seu veneno.
A Lei da Palmada nada mais do que afronta marxista contra a autoridade paterna. O feminismo nada mais do que a luta de classes transferida para a identidade sexual. A defesa da união entre pessoas do mesmo sexo, nada mais é do que uma tentativa maquiavélica de anular o sentido de família, pois se família é qualquer coisa que se denomine família, então nada é família.
Friedrich Engels, buldogue de Marx, escreveu:
“A monogamia não aparece na história, portanto, como uma reconciliação entre o homem e a mulher e, menos ainda, como forma mais elevada de matrimônio. Pelo contrário, ela surge sob a forma de escravização de um sexo pelo outro, como a proclamação de um conflito entre os sexos, ignorado, até então, na pré-história. (…) Hoje posso acrescentar: o primeiro antagonismo de classes que apareceu na história coincide com o antagonismo entre o homem e a mulher na monogamia; e a primeira opressão de classes, com a opressão do sexo feminino pelo masculino”[2]
E continua:
“A família individual moderna baseia-se na escravidão doméstica, franca ou dissimulada, da mulher, e a sociedade moderna é uma massa de cujas moléculas são as famílias individuais”[3]
O Manifesto é também entre outras coisas um libelo contra a família, cujas ideias são ampliadas na obra de Engels:
“Então é que se há de ver que a libertação da mulher exige, como primeira condição, a reincorporação de todo o sexo feminino à indústria social, o que, por sua vez, requer a supressão da família monogâmica como unidade econômica da sociedade”[4]
Bastaria ouvir minha esposa para desmascarar tamanha besteira. Entretanto, e infelizmente, nem sempre as novas gerações são tão sábias quanto ela, e, inoculadas com veneno marxista, muitos só mais tarde compreendem as bênçãos de uma família estável em um mundo instável.
No entanto, o marxismo não é apenas inimigo da família. Ele é inimigo do conceito de família. Não devemos ficar admirados se em uma cultura marxizada a família sofre todo tipo de ataques e distorções.
As ideias marxistas sobre família fizeram parte da Revolução Bolchevique: “Muitos bolcheviques acreditavam que a família, sendo uma instituição baseada na propriedade privada, seria abolida em uma sociedade comunista, com o Estado assumindo a responsabilidade de cuidar das crianças e do trabalho doméstico”[5]. E se os pais educassem seus filhos conforme seus valores e não conforme os valores da revolução marxista, então esses filhos podiam rebelar-se com o total apoio do Estado. “Se os pais persistem em transformar os filhos em pequenos senhores ou em místicos bitolados, então as crianças tem o direito ético de abandoná-los”[6]. É marxismo pisando a ética judaico-cristã, o mandamento de honrar pai e mãe. Em primeiro lugar vem a submissão ao Estado-Leviatã.
Na década de 1980, Marilena Chauí lançou seu livro “O que é ideologia?” E nele já estavam contidos ataques à família, bem como a defesa da união homossexual. Temos hoje o resultado de décadas de doutrinação.
“Se a ideologia [capitalista] mostrasse todos os aspectos que constituem a realidade das famílias no sistema capitalista, se mostrasse como a repressão da sexualidade está ligada a essas estruturas familiares (condenação do adultério, do homossexualismo, do aborto, defesa da virgindade e do heterossexualismo, diminuição do prazer sexual para o trabalhador porque o sexo diminui a rentabilidade e produtividade do trabalho alienado), como, então, a ideologia manteria a ideia e o ideal da Família? Como faria, por exemplo, para justificar uma sexualidade que não estivesse legitimada pela procriação, pelo Pai e pela Mãe? Não pode fazer isto. Não pode dizer isto”[7] Para ela a família não é uma necessidade da estrutura social. É apenas uma conveniência humana que se opõe á religião de Marx. Precisa ser destruída.
Este é mais um dos pontos que torna o Manifesto Comunista o pior livro do Ocidente. Sua defesa do Estado monstro, seu anti-cristianismo, sua defesa da violência política, são motivos suficientes para que sua leitura seja, senão suprimida, pelo menos contraindicada. Sua venda deveria ser feita sob um rótulo: “Cuidado, esta leitura é prejudicial à sua existência e à existência de toda a humanidade”. A história universal que o diga. E nossa história também.
[1] MARX, K. e ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Global Editora, 1986, p. 32
[2] ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de Janeiro: Best Bolso, 2014, p. 79
[3] ENGELS, Friedrich. Op. Cit. p. 89
[4] Op. cit. p. 90
[5] SMITH S.A. Revolução Russa. Porto Alegre: L&PM, 2013, p. 160
[6] SMITH S.A. Op. Cit p.163
[7] CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980, p. 118

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